Você sabe o que é Intensidade Energética? Aqui no blog da CUBi já conversamos bastante sobre a importância da gestão de energia e também dos indicadores de eficiência energética. Essa é uma temática bem recorrente neste blog e ela não é à toa. Sabemos o quão importante e diferencial é ter esse conhecimento na prática. Como gostamos de falar, fazer gestão de energia sem um indicador é equivalente a correr em círculos.
Diante disso, vamos apresentar um outro conceito que está bastante ligado com a gestão de energia e seus indicadores, a Intensidade Energética.
O que é Intensidade Energética?
De acordo com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), intensidade energética é um indicador que representa a razão entre a quantidade de energia requerida por unidade de produto ou atividade produzida. Quando envolvemos a análise para nações, em geral, o indicador é dado pela equação:
Para entender como funciona esse indicador, iremos analisar a fórmula acima. O cenário ideal é o que relaciona o avanço do crescimento econômico e uma estabilidade ou redução da energia total requerida.
Com a Intensidade Energética, é possível extrair algumas conclusões como um cenário de descarbonização da economia e um desenvolvimento mais sustentável. Pois, ao relacionar o crescimento econômico com uma estabilidade ou redução da quantidade de energia, significa que a economia está produzindo mais riqueza ao mesmo tempo que mantém ou reduz seu consumo energético. Logo, é levado à risca o conceito de eficiência energética: produzir mais com menos. Cenário perfeito, não é mesmo?!
Com todos esses benefícios, é claro que esse indicador é utilizado pelos principais países do mundo para avaliar a relação entre o seu consumo de energia e seu crescimento econômico. Ou seja, os principais gestores públicos do mundo utilizam desse indicador para realizarem suas análises de desempenho energético.
Sabendo disso, eu te pergunto: Por que não utilizar esse indicador para um objeto de estudo mais focado, como uma indústria?
Intensidade Energética na Indústria
Não precisa ser um chefe do executivo para aplicar esse indicador em suas análises de gestão de energia. Podemos aplicá-lo para diversos setores da produção, principalmente quando há uma diversidade deles.
Primeiramente, vamos extrair o conceito da intensidade energética definida pela EPE. Em suma, é a razão entre o consumo energético e o produto final. Ao relacionar com processos industriais, significa que consigo avaliar a relação de gasto energético em cada linha de produção.
Essa análise é mais profunda do que examinar apenas uma relação de dados e métricas brutas de consumo de energia. Esse é o segredo que pouca gente compartilha. A melhor forma de economizar energia é quando você consegue substituir consumo energético pela gestão. Assim, com a Intensidade Energética, é possível ter a razão entre consumo e produção, gerando assim um ótimo indicador comparativo.
Em um outro artigo da CUBi, fizemos uma relação desse indicador para diversos segmentos industriais e como a energia está relacionada com os produtos finais ou insumos utilizados. Há exemplos com o setor da construção civil, siderúrgico, metalúrgico, petroquímico e outros. Após este artigo, recomendo a leitura nesse outro. Te desafio a sair de lá com uma ideia de indicador pra você.
Benefícios de falarmos sobre intensidade
Assim como elenquei alguns benefícios da análise de intensidade energética para os países, vou trazer alguns argumentos para utilizar esse indicador para uma indústria. São eles:
- Eficiência energética: Acompanhar a intensidade energética permite às empresas identificar oportunidades para melhorar a eficiência energética em suas operações, o que pode levar a uma redução nos custos de energia.
- Monitoramento: O indicador de intensidade energética permite às empresas avaliar seu desempenho energético ao longo do tempo, identificar tendências e tomar medidas corretivas se necessário.
- Melhoria da competitividade: Uma empresa que tem um uso eficiente de energia pode se tornar mais competitiva no mercado, uma vez que tem menores custos e maior responsabilidade ambiental.
- Gestão de energia: O uso do indicador de intensidade energética também pode ser útil para acompanhar o progresso em relação a metas de eficiência energética e sustentabilidade, bem como para identificar áreas que precisam de mais investimento em tecnologia ou processos para melhorar a eficiência energética.
Ao não utilizar a intensidade energética como um indicador você está sujeito a: desperdício de energia, aumento de custos e impactos negativos ao meio ambiente. Tenho certeza que você não quer perder dinheiro e nem ficar para trás em relação aos seus concorrentes.
Aqui na CUBi já nos deparamos com diversas empresas que sofrem com o mau uso de indicadores energéticos. Em muitos casos, os indicadores utilizados pelas empresas estão desatualizados ou desconsideram partes essenciais dos custos da produção.
Assim, uma das chaves da intensidade energética é a análise das oportunidades de economia com relação à benchmarks de mercado. Isso significa que a equipe torna-se capaz de comparar o quanto de energia se gasta por unidade de produção em relação às outras empresas do mesmo segmento.
Essa análise de gestão já foi resultado de economia de R$ 5 milhões de reais por ano com oportunidades de eficiência energética para um de nossos clientes. Essa economia representa cerca de 12% do custo com energia anual. Um case e tanto, hein?!
Agora, não tem mais desculpa para não começar a implementar a intensidade energética!
Ah, e lembra do nosso desafio de ter um insight para um novo indicador que vai contribuir para a performance energética do seu negócio.
