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Você paga por 125% da energia que consome

Nada é 100% eficiente. Quando escutamos o barulho de um carro, sentimos sua vibração ou seu aquecimento estamos vendo ineficiências. Isso tudo é resultado de energia química do combustível sendo transformada em energia não útil: energia sonora (barulho), energia cinética (vibração) e energia térmica (aquecimento). Toda essa energia deixou de fazer com que o carro se movimentasse e se dissipou de outra forma.

O sistema elétrico não é diferente. Nem toda energia gerada chega até sua casa. Deixando de lado a ineficiência do processo de geração de energia em si, vamos falar das perdas de energia quando ela já foi transformada em energia elétrica.

Na próxima etapa a energia elétrica passa pela subestação e vai para a rede de distribuição, essa rede é responsável por entregar a energia aos consumidores. Essa é a etapa mais visível, olhe para a rua agora mesmo e provavelmente verá postes e transformadores, esse é o sistema de distribuição. Além das perdas inerntes ao transporte de energia elétrica (que contribuem com 54% das perdas totais na distribuição), temos perdas relacionadas a furtos de energia e erro de calibração de medidores, essas perdas são chamadas de “não técnicas” e somam 34% das perdas.

perdas energia

Agora vem a parte interessante. A energia que chega na sua casa é apenas 80% daquela que foi gerada para te abastecer, nós explicamos: para você receber 100 kWh na sua casa, o sistema perde em média 20% de energia no caminho, ou seja, o sistema deve gerar 125 kWh para você receber 100 kWh. Isso significa também que o consumidor (de uma forma ou outra) paga por essa ineficiência. É por esses motivos que a energia solar fotovoltaica e a eficiência energética são fundamentais para a redução de custos e estão cada vez mais atrativas economicamente. As figuras abaixo representam a % de perda específica por região e um detalhamento sobre onde ocorrem as perdas.

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Ricardo Dias

Engenheiro ambiental e urbano pela UFABC e mestre em Sistemas Sustentáveis com ênfase em Energia pelo Rochester Institute of Technology. É co-fundador da CUBi e atualmente CEO.

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