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Sistema Elétrico Brasileiro

Em um artigo anterior já falamos um pouco da história do uso da energia elétrica no Brasil e também sobre o setor elétrico como um todo. Você pode ler mais sobre estes assunto, clicando aqui.
Neste iremos abordar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e o Sistema Interligado Nacional (SIN), ambos compõe o Sistema Elétrico Brasileiro.

Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)

O ONS é um órgão criado em 1998, fiscalizado e regulado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e responsável por coordenar e controlar as operações das instalações de geração e transmissão contidas no SIN (Sistema Interligado Nacional) de forma a garantir a segurança e o suprimento de energia elétrica para o país. Os sistemas isolados também estão sob sua competência. Por ser um órgão de vital importância, mantém relacionamentos com diversas esferas, como; Governos Federal, Estadual, Municipal, Associações de Classe, Poderes Legislativo e Judiciário, Universidades, Centros de Pesquisa, Países Vizinhos, o Público Geral e muitos outros.

Sistema Interligado Nacional (SIN)

O sistema interligado nacional é uma grande rede que se estende por boa parte do país congregando sistemas de geração e uma malha de transmissão de energia elétrica que movimenta a energia entre seus subsistemas. Atualmente, o SIN é divido em 4 subsistemas: Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. A maior parte de nossa matriz energética dentro do SIN é composta por usinas hidroelétricas, seguidas por usinas térmicas e mais recentemente as eólicas, modal que tem ganhado força nos últimos anos, principalmente na região Nordeste do País.

Você pode ver números interessantes do SIN aqui.

A existência da malha de quase 135 mil Km e do controle que interliga as fontes dentro do SIN traz diversos benefícios, como exemplo:

  • A minimização dos riscos de interrupção (gerando segurança);
  • O melhor balanço de uso das fontes de geração, aumentando a eficiência do sistema e reduzindo os custos de geração;

Como tínhamos citado acima, existem também partes do sistema que – por conta das distâncias continentais que o país possui e dificuldades de acesso -, estão fora do Sistema Interligado Nacional. São regiões principalmente no Norte do país, mas também incluem outros locais, como Fernando de Noronha e até o Mato Grosso. No total são 246 localidades. A demanda destas localidades não é alta se comparada com o restante do país, representando menos de 1% do consumo total que é suprido principalmente por usinas termelétricas a óleo diesel.

Sistema Elétrico Brasileiro

O sistema elétrico brasileiro envolve uma grande infra-estrutura e muita organização para que funcione. Mesmo assim, o setor continua sendo um dos mais conservadores do país e grandes mudanças/avanços em sua estrutura são difíceis de ocorrer. A lentidão e conservadorismo do setor faz com que a eficiência do mercado como um todo seja prejudicada, pois novas práticas (que muitas vezes já são comuns em outros países) não ocorrem por aqui. Um exemplo é o acesso à energia do mercado livre para pequenos consumidores, onde pessoas físicas poderiam fazer uma escolha na hora de contratar sua fonte de geração de energia. O mercado livre (onde pode-se escolher quem é o gerador) hoje no Brasil movimenta cerca de 25% da energia comercializada, porém é restrito para os grandes consumidores de energia do país.

Rafael Turella

Engenheiro ambiental pela UNESP e mestre em Sistemas Sustentáveis com ênfase em Energia pelo Rochester Institute of Technology. É co-fundador da CUBi e atualmente responsável pela área de marketing e vendas.

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