Em um artigo passado nós falamos um pouco sobre OEE, ou Overall Equipment Effectiveness; uma métrica bastante usada na indústria para se descobrir a Produção Energeticamente Eficiente. Você pode ler mais sobre esse primeiro artigo clicando AQUI.
Podemos aplicar o mesmo conceito de uma maneira mais específica para energia também, sendo o OEE Energético, uma versão energética do OEE, capaz de avaliar impactos de perdas de consumo de energia em vez de perdas de tempo. O princípio é que cada um dos tipos de perda, resulta em resíduos de energia. São elas:
Perdas por quebra/avaria
Além do equipamento quebrado, usa-se mais energia para voltar à velocidade padrão de operação. Além disso, é importante sublinhar que quando um equipamento está perto da quebra, ele pode consumir mais energia do que quando opera em condições normais (por exemplo, atrito adicional dentro dos componentes). Além disso, em uma linha produtiva, o efeito do tempo de inatividade também influencia todos os outros dispositivos (uma vez que eles não podem produzir e ficam em stand-by).
Perdas de setup
Durante o setup os dispositivos do equipamento não costumam estar em operação, então, a potência requerida pelo equipamento tenderá a zero e apenas perdas de eficiência de produção ocorrerão, não havendo impacto na eficiência energética. Consequentemente, quando ocorrem estes tipos de perdas, devem ser implementadas ações para assegurar a potência mínima do equipamento (isto é, desligar automaticamente os dispositivos quando possível).
Perdas de arranque
A maioria dos equipamentos industriais utiliza mais energia no arranque do que na velocidade normal de operação, particularmente a eletricidade, portanto, se houverem muitas paradas no equipamento, mais energia será utilizada.
Perdas de inatividade e pequenas paradas
Consomem tanta energia quantas máquinas que trabalham à velocidade ideal. Não vale a pena parar um dispositivo para uma pequena parada, considerando como consequência, o processo de arranque.
Perdas de velocidade
Em termos de eficiência energética, o impacto de uma desaceleração depende do processo de produção específico. Na verdade, a velocidade da máquina pode, ou não, influenciar o consumo de energia e é necessário analisar caso a caso.
Perdas de qualidade e de retrabalho
A energia utilizada para produzir um produto que não atende as especificações de qualidade, pode não ser um desperdício completo, porque há a oportunidade de retrabalho. Obviamente, será mais custoso, também em termos de energia, do que um produto bom. Além disso, vale ressaltar que os produtos que vão para sucata usam tanta energia quanto produtos bons.
Em suma, o uso do OEE para uma gestão adequada do equipamento ajuda a reduzir os desperdícios produtivos e de energia. Estes desperdícios muitas das vezes estão relacionados. Com o uso do OEE energético como ferramenta de gestão contribui para a identificação de áreas problemáticas e para o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis.