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3 Dicas para economizar energia em casa!

Em épocas de final de ano, é comum darmos uma exagerada no consumo de energia elétrica. Afinal, a geladeira tem de aguentar as altas temperaturas provenientes do verão e muitos fazem a opção pelo uso do ar-condicionado para conseguir cômodos confortáveis para dormir. Os primeiros meses do ano – igualmente quentes – também são marcados por um uso acentuado de energia elétrica.

Este aumento aliado com notícias de que as contas de energia voltarão a subir no ano de 2017, começam a chamar a atenção de muitos que já tem tido problemas para equilibrar as contas de final do mês e em especial neste ano de recessão da economia brasileira. A CUBi preparou então algumas dicas para que todos possam se policiar e tentar economizar o máximo possível.

Dica 1 – Ar condicionado:

Não tem jeito. O ar condicionado é um dos maiores vilões do consumo residencial. Diversos fatores fazem com que seu consumo seja ainda maior do que o esperado.

  • A primeira dica e talvez a que pode trazer maior impacto para sua conta é o modelo e tipo de ar condicionado. Realizar o correto dimensionamento do sistema e escolher a tecnologia ideal pode fazer toda a diferença.
  • Para uma comparação fácil em questão de eficiência a ordem é: equipamentos tipo janela, Split e Split inverter. Sendo que o equipamento de janela é o que mais consome energia enquanto o Split Inverter é o mocinho da história. Prefira SEMPRE equipamentos Split Inverter, eles custam um pouco mais do que aparelhos Split normais, porém essa diferença pode ser recuperada muito rapidamente dependendo da frequência com que o equipamento é utilizado. O inverter significa que o motor trabalha de maneira gradual e reduz a ocorrência de picos de tensão (que são os responsáveis pela maior parte do gasto energético em outros equipamentos).
  • Mantenha sempre os filtros limpos. O investimento em um profissional que fará a limpeza periódica, impacta diretamente na redução do consumo do aparelho. Filtros sujos (e a maioria dos aparelhos nunca passou por manutenção) reduzem a circulação do ar e forçam o motor a trabalhar mais do que o necessário. Isso aumenta o consumo e reduz a vida útil do aparelho.
  • Feche bem portas e janelas enquanto o aparelho estiver em uso e tente evitar a entrada da luz solar direta. A luz solar aquece o ambiente e força o ar condicionado a trabalhar mais do que seria necessário no caso de persianas/cortinas fechadas.
  • Se o equipamento não irá ser utilizado por um período longo, desligue-o, porém, ficar desligando o mesmo enquanto você utiliza o local ou irá fazer uma saída rápida não economiza energia, pelo contrário, o maior consumo do ar condicionado ocorre quando o mesmo dá a partida no motor.
  • No momento da instalação pense bem onde colocar o condensador. Ele não pode ficar em um local com má circulação de ar, portanto, locais fechados não são uma boa idéia. Se possível também, proteja-o da incidência da luz solar sem obstruir suas entradas/saídas.
  • Um item que vale tanto para refrigeradores e aparelhos de ar condicionado é avaliar o selo da PROCEL na hora da compra. Os selos estão longe de ser a ferramenta ideal para esse tipo de escolha (mesmo que tenham sido projetados para isso), no entanto, para pessoas com menor conhecimento de energia, o selo pode ser sim importante. Dê preferência aos equipamento classe A, PORÉM lembre-se sempre de comparar o valor de CONSUMO DE ENERGIA (kWh/mês). Como o selo demora a ser atualizado, existem aparelhos extremamente eficientes ou nem tão eficientes que se encaixam na mesma categoria e podem confundir o consumidor. Avaliar apenas levando em consideração a classe da letra que é exibida não é suficiente.

Dica 2 – A geladeira:

Outro grande problema em nossas residências. É uma necessidade básica então diferentemente do ar condicionado, está presente em um número muitas vezes maior de residências.

  • Tenha em mente que as geladeiras são provavelmente um dos maiores exemplos de melhoria de eficiência ao longo dos anos. Desde o início dos anos 70 os refrigeradores vem melhorando a cada ano de maneira surpreendente. O espaço interno das geladeiras está sempre aumentando enquanto o custo e o consumo elétrico são reduzidos. Esse é o primeiro ponto; geladeiras antigas não são uma boa escolha.
  • Na hora de escolher um refrigerador novo, dê preferência para modelos com uma única porta na parte de geladeira. Os modelos refrigeradores side by side ou porta dupla (que tem duas portas para a região da geladeira) consomem cerca de 7% – 10% mais do que seus concorrentes de porta única.
  • As borrachas de vedação tem que ser trocadas após um certo período. Um bom teste para isso é observar quão firme é o contato entre geladeira e suas portas. Borrachas desgastadas não irão oferecer a mesma resistência ao movimento quanto borrachas novas. Também é possível tentar deslizar uma folha de papel sulfite entre borracha e metal para ver se a folha entra facilmente entre elas. No caso de borrachas que precisam ser trocadas, a folha pode passar sem problemas pela vedação e isso representa um problema.
  • As geladeiras devem ficar em algum local arejado. Muitas cozinhas são construídas com móveis embutidos e a geladeira tem seu próprio nicho, com tamanho bastante próximo do próprio equipamento. Isso dificulta a dissipação do calor e faz com que o aparelho trabalhe com mais carga. O ideal é não posicionar a geladeira próxima de fornos e fogões e sempre seguir as recomendações do fabricante dos espaços mínimos a serem deixados do lado e atrás do aparelho.
  • Outro lembrete é de não seguir as práticas dos anos 80 e 90, onde era muito comum utilizar a parte de trás do aparelho para secar roupas. As roupas impedem a troca de calor. Isso diminui a capacidade de resfriamento da geladeira e desgasta o motor, diminuindo sua vida útil, além, é claro de consumir mais energia.
  • Outra prática comum antiga é forrar as prateleiras internas. Isso dificulta a circulação correta dentro do refrigerador e acarreta em maior consumo de energia. Também pode resultar em um mau resfriamento de algumas áreas, diminuindo a vida útil de alguns alimentos guardados.

Dica 3 – Cargas fantasmas:

Um dos problemas que menos nos preocupamos são com coisas menores que quando somadas podem ter um impacto significativo no final do mês.

  • Equipamentos eletrônicos em modo standby podem ter um consumo bastante alto. A corrente que eles necessitam para ficar nesse modo é baixa, porém, quando consideramos isso 24 horas por dia e 7 dias semana, o resultado pode chamar a atenção.
  • Televisores, aparelhos de som, microondas, computadores, receivers de televisão por assinatura, etc. Esses aparelhos sempre consomem algo quando desligados.
  • Para exemplificar essa informação: Executei uma medição em minha residência em um cenário que é bastante comum: uma televisão, um modem de internet e um receiver de televisão por assinatura. Se estes equipamentos não fossem acionados durante um mês completo e só ficassem assim da maneira que estão, o custo seria de 28 reais mensais. Ou seja, só para esses aparelhos que não estarão em uso em um período hipotético de 30 dias, seu gasto energético é de 28 reais, pouco mais de 20% da nossa conta total de energia. Existem muitos outros aparelhos que ficam conectados às tomadas enquanto estamos fora e todos eles contribuem para a conta no final do mês.
  • Lembre-se então de retirar aparelhos que não são usados continuamente da tomada sempre que possível. Se a família irá sair em viagem, desligue tudo.

Esperamos que com essas dicas, vocês consigam economizar energia em casa. Para mais informações sobre o mundo da energia, acesse nosso BLOG e assine nossa newsletter.

Rafael Turella

Engenheiro ambiental pela UNESP e mestre em Sistemas Sustentáveis com ênfase em Energia pelo Rochester Institute of Technology. É co-fundador da CUBi e atualmente responsável pela área de marketing e vendas.

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