Dentre todos os parâmetros mais técnicos que influenciam na conta de energia de uma unidade consumidora de alta tensão, sem dúvidas, o fator de potência é um dos que mais gera dúvidas. Em um artigo passado já detalhamos, tirando o “tequiniquês” de lado, o que é o tal do fator de potência que assombra tantos gestores. A falta de controle do fator de potência pode ocasionar multas com potencial de aumentar o custo total de forma relevante. No artigo de hoje vamos explorar formas de gerir, controlar e corrigir o fator de potência nas contas de energia.

Para início de conversa temos que deixar bem claro o que causa um fator de potência fora das especificações e como evitar o gatilho dessas causas.
Pra quem não lembra o que é fator de potência
Para quem não lembra os conceitos, recomendo dar um pulo no artigo do Bruno Scarpin, nesse link aqui. Mas em geral, Fator de potência é um número que indica o quanto de energia elétrica é transformada na parcela realmente útil da energia, que chamamos de “energia ativa”. Essa energia ativa é a parte da energia transformada em energia térmica, luminosa, movimento cinético e etc. A energia que não produz trabalho chamamos de energia reativa. Ela é consumida para gerar campos magnéticos que são fundamentais para o funcionamento de motores e transformadores, por exemplo.

O fator de potência também é contabilizado de forma diferente em horários diferentes. Entre 0h30 e 6h30 temos o período capacitivo e entre 6h30 e 0h30 temos o período indutivo. A diferenciação ocorre devido às características das cargas no sistema de distribuição. Em geral, durante a madrugada (período capacitivo) o objetivo é evitar que os consumidores injetem potência reativa nas redes das distribuidoras, que pode causar sobretensões.

Quais são as causas mais comuns do baixo FP?
Quando usamos o termo “baixo fator de potência” estamos pensando no valor que é considerado baixo pela distribuidora de energia (menos de 0.92) e que pode ocasionar multas. Abaixo vocês encontram algumas das causas mais comuns de problemas com fator de potência, e claro, sabendo um pouco mais delas é hora de avaliar sua empresa e arregaçar as mangas para aproveitar as oportunidades de melhoria.
- Motores funcionando em vazio, ou seja, máquinas que ficam ligadas mas sem carga ou sem utilização;
- Motores e transformadores superdimensionados, ou seja, grandes motores e transformadores atendendo cargas pequenas;
- Dimensionamento errado do banco de capacitores gerando excesso de energia capacitiva.
- Grande quantidade de motores de baixa potência;
- Lâmpadas fluorescentes, vapor de mercúrio ou vapor de sódio sem reatores de alto Fator de Potência.
Vantagens de corrigir Fator de Potência
Financeiro
Evita a multa por conta de um fator de potência abaixo de 0.92.
Aumento de capacidade útil da rede
Ao neutralizar cargas reativas a capacidade de suporte de cargas da rede aumenta, evitando assim a sobrecarga ou troca de transformadores por exemplo.
Melhoria da qualidade da energia
O baixo fator de potência pode gerar também uma redução nos níveis de tensão. Essa redução pode se manifestar em sintomas como redução da luminosidade, sobreaquecimento de motores e ineficiência de sistemas em geral.
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Em uma análise puramente técnicas e não comercial.
Qual é o equipamento ou técnicas que podemos usar para reduzir o FP?
E qual é o FP ideal?
Oi Abdullay, tudo bem?
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