Nós já sabemos que energia elétrica está presente abundantemente no nosso dia a dia. Mesmo que fisicamente intangível e difícil de se compreender, todos sabemos que ela é necessária para a manutenção de nossas vidas da maneira que conhecemos. Em paralelo a isso, existem diversos outros sistemas extremamente importantes que muitas pessoas não conhecem ou entendem seu verdadeiro impacto na sociedade. Um bom exemplo são os sistemas de ar comprimido.
O uso de ar comprimido remonta de longa data, desde que o sopro provindo de um pulmão humano passou a não ser mais suficiente para os processos de época. Hoje sabemos que pulmões saudáveis podem exercer de .02 a .08 bar (1 bar = 14.5 psi), no entanto essa pressão passou a ser inadequada durante o nascimento da metalurgia em 3000 AC aproximadamente. Já na metade do século XVIII, o desenvolvimento desses sistemas começou a tomar formas diferentes. Um dos fatores que mais impulsionou seu desenvolvimento foi o fato de que era possível transmitir energia através de grandes distâncias sem perder pressão devido a condensação (problema frequente quando se trabalha com vapor).
Atualmente, sistemas de ar comprimido estão presentes nos mais variados cenários, desde dentro das mais variadas indústrias até nos bicos de posto, onde milhões de pessoas enchem os pneus de seus carros diariamente. Se utiliza ar comprimido em ferramentas pneumáticas, sistemas de ar condicionado, refrigeração, sistemas de freios para locomotivas, limpeza de partículas, pintura, injeção de moldes e muitas dezenas de outras maneiras. São cerca de 6 bilhões de toneladas de ar comprimido geradas anualmente, consumindo mais de 500 bilhões de kWh a um custo de 30 bilhões de dólares.
Hoje, estima-se que 2% de toda a energia consumida no planeta é gasta com compressores. Em alguns segmentos industriais a parcela da conta de energia provinda de sistemas de ar comprimido pode chegar a até 40%. É bem comum este número deixar muitos gestores e donos de empresas de cabelos em pé.
Para embasar esse tipo de afirmação, podemos avaliar diversos dados presentes na literatura ou mesmo em sites de fabricantes de equipamentos mais eficientes. Alguns dados bastante interessantes são:
– Considerando uma vida de 10 anos, a energia elétrica constitui cerca de 73% do custo de um sistema de ar comprimido. A aquisição e instalação ficam com meros 10% do valor total.
– Todo e qualquer sistema está sujeito à vazamentos, e não são raros os casos que esses vazamentos chegam de 30% a 40% de tudo produzido no sistema.
– O mau dimensionamento de sistemas também é comum. Para cada 1 bar de pressão em excesso no sistema, o gasto pode aumentar em até 7%.
Assim como podemos listar facilmente os problemas e seus impactos, podemos fazê-lo também com as melhores práticas e oportunidades. Segundo manual elaborado pelo PROCEL em conjunto com a Eletrobrás (e indicado no final desse texto), os primeiros passos para avaliar estes sistemas são:
1 – Elaborar um diagrama de blocos indicando onde o ar comprimido é utilizado dentro da planta;
2 – Indicar as condições operacionais nominais do projeto (pressão, temperaturas, etc.);
3 – Criar um perfil base desses parâmetros operacionais (demanda, produção, pressão e consumo de energia elétrica);
4 – Utilizar instrumentação para avaliar o que foi preparado acima, principalmente no que se refere ao consumo de energia elétrica em períodos específicos.
Existem diversas maneiras de se executar este último ponto, sendo a mais efetiva de todas, o uso de sistemas de monitoramento perene e em tempo real. A CUBi é especializada em fornecer estes sistemas, então fique à vontade para entrar em contato e entender melhor como que podemos ajudar a sua empresa. Contato CUBi.
Com sistemas de monitoramento se faz possível entender quais são os vilões de um processo produtivo, sendo eles parte do sistema de utilidades ou não. Não só encontrar os vilões, mas também avaliar projetos de melhorias, avaliar troca de equipamentos ou até mesmo medir impactos de ações de manutenção preditiva de maneira precisa e auditável.
Para saber mais sobre Sistemas de Ar comprimido, acesse:
http://www.metalplan.com.br/images/produtos/catalogos/manualarcomprimido/ManualdeArComprimido.pdf
http://www.abraman.org.br/arquivos/169/169.pdf