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Gestão de Energia para Empresas de Saneamento

O custo com energia chega a ocupar, em média, o segundo lugar na lista de maiores despesas de empresas de saneamento, segundo o relatório mais recente do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). Por isso, a gestão de energia para empresas de saneamento e água também representa um dos maiores desafios operacionais, atualmente. Neste artigo, vamos tratar de especificidades do setor de água e saneamento, indicar possíveis soluções e também comentar alguns casos de sucesso. Se você faz parte dessa indústria, essa leitura é indispensável!

Gestão de Energia para Empresas de Saneamento

Desafios Específicos do Saneamento

Vamos direto ao ponto, os desafios de gestão de energia para empresas de saneamento são bastante específicos e é justamente por isso que as equipes dessas companhias de água e esgoto têm dificuldade de encontrar soluções.

Quantidade de Ativos de Energia em Empresas de Saneamento

Quando falamos de saneamento, estamos falando do abastecimento de água e esgotamento sanitário de uma cidade inteira. A quantidade de ativos necessários para operacionalizar é enorme! Essa elevada quantidade de ativos consumindo energia por si só já gera uma complexidade relevante para manter.

Dispersão Geográfica de Ativos

A indústria de saneamento, ao contrário de qualquer outra indústria, não está concentrada em lugares específicos. Existirão sim Estações de Tratamento de Água (ETAs) e Estações de Tratamento e Esgoto (ETEs) que devem concentrar boa parte das operações em uma quantidade menor de ativos, porém, deverão existir dezenas e, às vezes, centenas de estações de bombeamento, elevatórias, captação e outros ativos espalhados pela malha urbana e rural de uma cidade.

Essa característica faz com que o monitoramento desses ativos tenha uma complexidade acima do comum para quem está acostumado com uma indústria “convencional”. Essa dispersão faz com que as equipes de manutenção muitas vezes estejam a horas de distância de um ativo, o que aumenta a necessidade de um sistema de telemetria e automação robusto, por exemplo.

Gestão e Auditoria de Contas de Energia

Imagine ter centenas de unidades consumidoras de energia e ter que coletar e ler todas essas faturas. Analisar quais estão tomando multa por reativo, qual teve um aumento muito grande no consumo de um mês para o outro, qual não teve o subsídio tarifário aplicado, qual não teve a tarifa correta aplicada? Essa operação é simples de fazer com meia dúzia de faturas, mas quando o jogo é em volume, as equipes encontram um gargalo.

Gestão de Energia para Empresas de Saneamento

Gestão de Equipamentos (bombas)

Finalmente, chegamos aos principais equipamentos responsáveis por todo esse consumo. A maior parte do consumo de energia é decorrente da movimentação de água através de motobombas. As equipes de elétrica, manutenção e o PCM sofrem para encaixar a rotina de manutenção e deslocamento dos técnicos para os ativos mais distantes. Além disso, são cobrados cada vez mais para ter uma atuação mais ativa e menos reativa, ou seja, para adotar a famosa manutenção preditiva.

Essas são equipes que também sofrem para demonstrar resultado. O resultado da manutenção e da equipe de elétrica normalmente é não ter resultado, ou seja, se as máquinas não pararem ou pararem pouco, está valendo! Porém, essas equipes entregam muito mais do que isso. A melhoria de performance possível em um motor após a rotina de manutenção pode chegar a somar uma economia de 10% em relação ao período de funcionamento precedente à manutenção. Usualmente, essa equipe não tem como demonstrar esses resultados por falta de medição e um sistema de gestão energética adequado.

Gestão de Horário de Ponta

A energia elétrica tem preços diferentes em horários diferentes (vale para unidades de média e alta tensão). O sistema de distribuição de água tratada é inteiramente pensado de forma a levar reservatórios para perto da demanda. Esse contexto forma um cenário complexo em que, em muitos casos, é possível aproveitar a capacidade de bombeamento fora do horário de ponta e economizar quantias relevantes no custo unitário médio da energia. Esse também costuma ser um resultado pouco medido por conta da falta de dados e de sistemas com capacidade de simular cenários de uso em horário de ponta.

Gestão de Energia para Empresas de Saneamento

Como a CUBi ajuda na Gestão de Energia para Empresas de Saneamento?

Com o tempo, passamos a desenvolver soluções de gestão de energia para empresas de saneamento. Por exemplo, a gestão de faturas automatiza o fluxo de coleta de faturas em todas as distribuidoras do Brasil e extrai todas as informações dessas faturas automaticamente. Especialmente útil para empresas de maior porte que operam em diversos municípios ou agrupamentos e recebem energia de diversas distribuidoras diferentes. Com isso, formamos um banco de dados próprio e automatizado sobre o consumo das centenas de unidades consumidoras operadas pelas empresas de água e esgoto. Com esses dados, também fazemos uma auditoria completa sobre o método de faturamento, tarifas e impostos aplicáveis. Pegamos todo o trabalho que antes era manual, automatizamos e entregamos apenas as indicações de desvios para que a equipe de gestão da empresa de saneamento possa atuar. Com isso, já economizamos mais de 20 milhões de reais para esses clientes. Legal, né?

Além de resolver a gestão de faturas, também temos uma solução de telemetria que ajuda a monitorar ativos específicos em tempo real, com a possibilidade de integrar à medição de energia a medição de vazão e pressão das linhas também. Em alguns casos, calculamos o pH5 de cada grupo de bombeamento, indicando assim a eficiência operacional deles em tempo real. Existem ainda casos em que a companhia de saneamento prefere integrar esses dados com seus sistemas internos. Para isso, já temos toda a infraestrutura de integração pronta! Um ponto importante aqui é sobre a tecnologia utilizada para o monitoramento em lugares remotos. Desde que começamos a atender o mercado agro, nos tornamos especialistas em conectar lugares remotos via IoT.

Outros pontos colaterais também sempre surgem com as empresas de água e esgoto, como, por exemplo, a automação daquele relatório anual que precisam enviar para o SNIS, sabe? Então, a parte de energia está resolvida em um clique! Quer entender um pouco mais sobre gestão de energia para empresas de saneamento? Clique aqui e fale com a nossa equipe!

Ricardo Dias

Engenheiro ambiental e urbano pela UFABC e mestre em Sistemas Sustentáveis com ênfase em Energia pelo Rochester Institute of Technology. É co-fundador da CUBi e atualmente CEO.

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