Hoje o agronegócio é um dos setores mais relevantes para o Brasil. No blog da CUBi frequentemente falamos sobre alguns dos aspectos que fazem do mercado do agronegócio serem uns dos mais importantes do país (clique aqui para ler).
Uma das cadeias produtivas que ganha destaque no setor como um todo é a da produção de carnes. Para você ter uma ideia, em 2017, o agronegócio representou 22% do PIB brasileiro, com um valor estimado em R$ 1,42 trilhão, dos quais, o setor de carnes foi responsável por 31%. Além disso, o Brasil está entre os três países com o maior rebanho de gado do mundo, ficando apenas atrás da Índia e à frente da China (dados de 2018 USDA). Por isso, notamos a grande relevância em falar de Gestão de Energia em Frigoríficos para o Brasil.
Consumo de Energia Elétrica em um Frigorífico
O consumo de energia elétrica em frigoríficos varia de acordo com alguns fatores, como por exemplo:
- Tipo de animal;
- Tamanho da empresa; e
- Nível de automatização dos processos da empresa.
A comercialização de carnes mais comum no Brasil provém dos suínos, bovinos e aves. Para cada tipo de animal há etapas produtivas diferentes, utilizando processos e equipamentos distintos. O tamanho da empresa também influencia, pois quanto maior o frigorífico, maior é o número de animais e – usualmente – maior o nível de automação que a empresa emprega em seus processos. Um exemplo bastante comum é o consumo de energia na utilização das esteiras e ganchos para o transporte interno da proteína (em frigoríficos pequenos esse processo geralmente é manual). Podemos destacar também o acionamento automático de compressores e chillers.
O consumo de energia elétrica em frigoríficos se divide basicamente em três operações:
- Abate;
- Desossa;
- Congelamento.
No abate são utilizados equipamentos de compressão de ar para o processo de insensibilização do animal; na desossa, o consumo geralmente está na parte de automação de esteiras e ganchos levando as carcaças para os próximos processos. No processo principal: a refrigeração, a carne embalada ou carcaças devem ser armazenadas numa temperatura ideal para manter sua qualidade. A refrigeração representa até 81% do consumo elétrico de um frigorífico, como podemos notar no gráfico abaixo.
Fonte: PB_PPGEE_M_Frozza, Janquiel Fernando_2013.pdf (utfpr.edu.br)
Maiores consumidores de energia em um frigorífico
- Compressores e chillers: são utilizados no sistema de refrigeração, mas seu uso também pode se estender aos sistemas pneumáticos da indústria (principalmente automação)
- Motobomba: utilizados para movimentação de fluídos, principalmente para higienização (dos resíduos advindos dos processos de sangria e desossa) e na lagoa de tratamento de efluentes (como frigoríficos têm altos níveis de resíduos orgânicos, esses materiais devem ser tratados antes de serem levados ao despejo).
- Motores: são utilizados diversos motores, geralmente de pequeno porte, para fornecer o movimento para esteiras, correias e transporte interno.
Práticas de eficiência energética em frigoríficos
Como dito anteriormente, cerca de 80% do consumo elétrico nos frigoríficos vêm do sistema de refrigeração. Por isso, manter o sistema de refrigeração sempre em um bom estado de eficiência energética trará maiores resultados na economia em energia para a empresa. Para saber mais sobre eficiência energética em chillers clique aqui.
Com isso em mente, podemos elencar algumas das práticas de eficiência energética mais comuns:
- Vedação das câmaras frias: vedação e isolação das portas da câmara fria para manter o frio e evitar que o sistema de refrigeração trabalhe mais que o necessário.
- Automação no controle de temperatura nas câmaras frigoríficas: geralmente as câmaras frias são dimensionadas para ciclos de 16 a 18 horas a cada 24 horas. Por falta de sistemas de automação de controle de temperatura (como o termostato), pode ocorrer consumo energético desnecessário de maneira contínua. Existem equipamentos que são especializados neste processo, como por exemplo, os túneis de congelamento, que são equipamentos de armazenamento em menor tamanho, para o controle do ponto ótimo de resfriamento.
- Manutenções preditivas de rotina, principalmente nos motores e nos compressores.
Como economizar energia em frigoríficos:
Além das práticas que citamos acima, é muito importante utilizar uma ferramenta de monitoramento de energia no seu frigorífico para entender qual o estado do consumo energético antes mesmo da fatura chegar no final do mês, assim é possível utilizar dados para tomar decisões de forma mais eficiente.

A medição da entrada geral é uma ótima forma de iniciar um projeto de monitoramento. Através dela é possível acompanhar o consumo, demanda e fator de potência que está sendo utilizado pelo frigorífico como um todo, separando entre os horários de ponta e fora ponta, bem como os horários produtivos e não-produtivos. Você pode, por exemplo, cadastrar os horários não-produtivos para o acompanhar os horários de desligamento da refrigeração, e através de alertas saber se o consumo continua acontecendo ou se realmente houve o desligamento.
Com a submedição de energia, focada em elementos do processo, pode ser ainda mais fácil identificar exatamente qual setor/máquina está consumindo energia de forma desnecessária. Através dela você pode saber qual setor está consumindo energia (e em qual horário), ou até mesmo saber qual motor gera maior potência reativa e quais máquinas necessitam de manutenção para melhorar sua eficiência, entre outras possibilidades.
Outro sinal de maturidade de eficiência energética em um frigorífico é a utilização dos dados medição (medição de entrada ou submedição) para criar indicadores de performance energética. Assim, é possível saber qual o nível de consumo utilizado para a produção de uma certa quantidade de proteína no final da cadeia produtiva, e dessa forma, comparar os seus processos com os demais concorrentes do mercado.
Agora, quando o assunto é controlar diversos frigoríficos, ou conhecer as melhores oportunidades de contratação de energia elétrica, o que recomendamos é um sistema capaz de automatizar a gestão das suas faturas de energia, e através de inteligência energética, calcular as melhores oportunidades apresentadas nos dados dessas faturas.
Se você enxergou alguns de seus desafios acima, espero que agora tenha ficado mais fácil de entender a importância de utilizar a eficiência energética nos processos de produção de um frigorífico. Seja qual for a sua necessidade, a CUBi tem uma forma especializada para ajudar a sua empresa a economizar energia e otimizar o seu consumo energético de forma inteligente.
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